O senador André Amaral (União-PB) denunciou na terça-feira, 6 de agosto, a prática do chamado dumping pelo Equador na exportação de camarão ao Brasil. A prática, segundo o parlamentar, permite que um país exporte produtos a preços inferiores aos praticados internamente, o que elimina a concorrência e pode criar monopólios.
O senador ressaltou que a prática é ilegal e prejudica a carcinicultura brasileira, colocando em risco centenas de empregos, a sanidade animal e a qualidade dos alimentos importados.
O parlamentar disse que o camarão, antes considerado um "alimento de luxo", está presente na merenda escolar em estados como Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, os maiores produtores do crustáceo no país. Amaral destacou que o problema começou quando a China suspendeu a importação de camarão equatoriano devido a irregularidades sanitárias, detectadas durante a pandemia. Ele citou dados segundo os quais, de janeiro a abril de 2024, o Brasil importou 832 toneladas de camarão, sendo 442 toneladas provenientes do Equador.
Ele informou também que países como Estados Unidos e México já fecharam seus mercados para o produto equatoriano devido às preocupações sanitárias. O senador fez um apelo para medidas urgentes por parte do Ministério da Pesca e do Ministério da Agricultura para suspender imediatamente a importação de camarão do Equador.
“É necessário que este Senado não silencie, é necessário que o Ministério da Agricultura seja pontual e não permita. A sanidade do camarão se sobrepõe. Solicito, rogo um posicionamento enérgico e pontual para que seja suspensa, de forma imediata, a permissão de importar camarão do Equador. Já ciente das preocupações da ACC [Associação da Carcinicultura] a respeito da constatação da presença da Síndrome da Morte Súbita, ou EMS, em inglês, que é a doença bacteriana que atinge os camarões”, enfatizou.
Fonte: senado.leg.br/ Foto: Diário do Nordeste
Postado em 08-08-2024 à30 20:14:30